sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Book stuff: Percy Jackson & Os Olimpianos Livro Um - O Ladrão de Raios (Rick Riordan)

"E se os deuses do Olimpo estivessem vivos em pleno século XXI? E se eles ainda se apaixonassem por mortais e tivessem filhos que pudessem se tornar heróis? Segundo a lenda da Antiguidade, a maior parte deles, marcados pelo destino, dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade."

Essa é a chamada que se localiza dentro da orelha do primeiro livro desta série escrita por Rick Riordan. Mais conhecida somente por Percy Jackson, a série faz grande sucesso, tendo todos os livros da série como Best-sellers do The New York Times. Mas vamos começar com calma. Vamos lá. Peguem suas xícaras de café (ou chocolate quente, se preferirem), e me deixem dizer mais coisas sobre a primeira obra.

O Ladrão de Raios nos apresenta Percy Jackson, garoto de 12 anos com dislexia e transtorno de déficit de atenção, que está em uma excursão ao Metropolitan Museum of Art (Nova York) com sua nova escola, a Academia Yancy. Percy não consegue se acostumar as escolas normais, então sua mãe o coloca em escolar particulares. O problema é que, sempre nas excursões escolares, ele sempre era expulso, sem ao menos saber exatamente o que havia acontecido, ficando com medo de algo novamente acontecer nesse dia. Ele não poderia estar mais certo.

Sua estadia na Academia Yancy era boa. Tinha uma amigo, Grover e havia um professor que se importava muito com ele, o Sr. Brunner. Mas esse dia tinha que mudar tudo. Uma série de coisas bizarras lhe acontecem dentro do museu, fazendo com ele descobrisse que ele era um meio-sangue, um filho de um deus com um mortal. Logo depois a aventura dentro do museu, Percy volta para a escola sem que as pessoas tenham nenhuma lembrança do que havia acontecido. É aqui que as coisas começam a mudar de verdade. E é aqui que eu deixarei um pouco de gostinho para quem quiser ler.

Para quem já leu Harry Potter, a série pode ser mais do que um refresco, ainda mais com as semelhanças assustadoras. Harry aqui é Percy, que não sabe nada do que é ser um meio-sangue. Rony é Grover, sendo um personagem de carga cômica. E Annabeth, bem, é Hermione, a menina inteligente. Existe um inimigo nisso tudo, mas não direi quem é, estragaria a história saber logo de cara. 

Outros elementos realmente fantásticos do livro (e da série) é a mistura de coisas gregas com americanas. É dito que os deuses se mudam de acordo com o coração da civilização. Dessa vez, o Olimpo se localiza no sexcentésimo andar do Empire State Building e a entrada do Mundo Inferior fica num estúdio de gravação em Los Angeles. Outra coisa bacana é a Névoa, que explica o porquê dos humanos normais não enxergarem as coisas relacionadas a mitologia grega da maneira que realmente são. Exemplo: uma espada de bronze celestial pode ser vista como um taco de beisebol; uma Fúria pode vista como um imenso pássaro. E tudo isso é realmente fantástico.

A leitura flui tranquilamente. A narração em primeira pessoa é realmente fantástica, porque só temos noção das coisas na visão de Percy, aquele que desconhece tudo. É um livro ótimo para se ler a qualquer hora, que não cansa e te deixa com uma vontade terrível de terminar de ler. O problema ao chegar no fim é que você irá querer a continuação. Se não tiver o Livro Dois, como eu não tinha, é capaz de surtar um pouco. 

Informações básicas
Nome: Percy Jackson & Os Olimpianos Livro Um - O Ladrão de Raios (traduzido de "Percy Jackson and the Olympians Book One - The Lightning Thief")
Autor: Rick Riordan.
Editora brasileira: Intrínseca.
Formato: brochura ou e-book.
Número de páginas: 385
Ponto bom: mistura fantástica da nossa realidade com mitologia grega
Ponto ruim: o filme. A adaptação é realmente precária, ainda mais dirigida e produzida por Chris Columbus, o cara que fez um ótimo trabalho dirigindo os dois primeiros Harry Potter. Ela navega entre o "nada a ver" com "o que ele fez com a história original?" fácil, fácil. Se assistiu o filme e não gostou, é porque ele realmente não é um bom filme, então, leia o livro que é bem mais saboroso. Se gostou do filme, leia o livro, pois gostará ainda mais da história. 


Nota: 9/10

Music stuff: Metallica - Ride the Lightning (1984)


Como primeiro review musical, apresentarei uma das minhas bandas favoritas, Metallica.

Formada na Bay Area (região do litoral oeste dos Estados Unidos, que consiste em cidades como Los Angeles e São Francisco), o Metallica lançou seu primeiro álbum em 1983, chamado de Kill 'Em All. Um ano mais tarde, 1984, eles continuam o trabalho e criam um álbum bem mais trabalhado, possuindo grandes clássicos. 

Ride the Lightning possui menos do 50 minutos de duração, mas é potente. Sua primeira faixa, Fight Fire With Fire já demonstra isso, começando com um violão e abrindo para uma verdadeira porrada sonora. Logo em seguida, Ride the Lightning, faixa que dá o nome ao disco, continua o trabalho, apresentando solos ridiculamente complicados e uma letra relacionada aos últimos momentos de um homem condenado a cadeira elétrica (a expressão "ride the lightning" é refente ao momento que os prisioneiros eram colocados na cadeira elétrica). 

Logo em seguida, For Whom the Bell Tolls e Fade to Black, a primeira sendo uma adaptação musical da obra literária e filme, "Por Quem os Sinos Dobram" (apresentando um dos melhores riffs de baixo já criados) e a segunda seguindo a base da segunda geração do romantismo, tendo um ritmo desacelerado e uma letra que trata da morte como libertação. Trapped Under Ice quebra um pouco a sensibilidade lírica, mas apresenta a mesma euforia das outras canções, entretanto é a mais fraca das oito. Escape, Creeping Death e The Call of Ktulu completam a jogada radical da banda, tratando da liberdade das correntes que a sociedade te segura, da Praga dos Primogênitos e de uma adaptação literária de "O Chamado de Cthulhu" de H.P. Lovecraft, respectivamente. 

Capa francesa da época. Se tornou raridade
por existirem poucas unidades
Dentre todas as músicas, as que mais se destacam são, definitivamente, For Whom the Bell Tolls, Fade to Black e Creeping Death, sendo grandes clássicos da banda. Na minha opinião, as pessoas deveriam prestar mais atenção em Escape, já que possui uma letra fantástica e em The Call of Ktulu, instrumental arrepiante e eufórica. Incluo nisso também Fade to Black, já que é uma música maravilhosa, tanto de composição lírica quando instrumental.

Num geral, pode se dizer que o disco trata bastante dos seguintes temas: morte, dor, medo, liberdade e sofrimento. Apesar de parecer grotesca a ideia de fazer músicas relacionadas a esses temas, o Metallica consegue criar algo genial aqui, inspirando muitos músicos contemporâneos a eles. 

Ride the Lightning é um cd para se ouvir antes de ouvir? Definitivamente, não. Ele é energético, tem uma carga explosiva, ainda mais por se tratar de Metallica, banda criadora do Thrash Metal (que consiste numa mistura do Heavy Metal com Punk, sendo algo pesado, agressivo e rápido). Considero um dos melhores trabalhos desses gigantes, ainda mais por ter o grande mestre Cliff Burton nos baixos. Um disco maravilhoso, que pode deixar a desejar se estiver realmente prestando atenção em tudo o que acontece em cada faixa, mas que ainda é um clássico da banda e um dos melhores álbuns do gênero.

Integrantes
Vocal/Guitarra: James Hetfield
Guitarra: Kirk Hammett
Bateria: Lars Ulrich
Baixo: Cliff Burton

Faixas
1. Fight Fire With Fire (4:44)
2. Ride the Lightning (6:36)
3. For Whom the Bell Tolls (5:10)
4. Fade to Black (6:56)
5. Trapped Under Ice (4:03)
6. Escape (4:23)
7. Creeping Death (6:36)
8. The Call of Ktulu (8:52)

Nota: 9,5/10

Metallica em 1984. Da esquerda para a direita: James Hetfield,
Kirk Hammett, Lars Ulrich, Cliff Burton.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uma xícara de café, um bom livro e ingressos para a sessão das seis

Seria maravilhoso entrar em um restaurante ou café e pedir exatamente isso. Me dê o café para me aquecer e aguentar mais um pouco esse dia cansativo, me dê o bom livro para tirar minha mente da realidade, me dê ingressos, um para mim e outros para quem eu quiser, para me divertir em boa companhia. 

Coffee and stuff nasceu da tentativa de criar um lugar onde livros, filmes e música poderiam ser comentados, sempre com um pouco de café, ainda mais se passar da meia-noite. Além disso, vários nomes surgiram, morreram, foram descartados e reaproveitados, fazendo com que "Coffee and stuff" seja um dos melhores e o que realmente explica tudo o que será postado nessas páginas. Resenhas sobre filmes, sobre livros, sobre cds. Notícias do mundo cinematográfico, do literário e do musical. 

Então, entrem, peguem uma xícara de café e sentem-se junto comigo. A nova sessão começa daqui a pouco.